05/07/2015

DoÇuRas

Deixo que a tolice de algumas pessoas passe longe de mim.
Não quero que pensem que faço parte disso.
Estou focada em ser, ser melhor... Humana apenas.
Não vou competir. Não vou provar.
Não vou medir.
Nada e além.
O que sou, está exposto.
Abertamente.
Minhas sacolas, pesadas, cheias ou vazias, carrego sozinha.
Sei bem quais não são minhas.
Deixo-as de lado.
Cada um que leve a sua.
Não perco tempo com o que não existe.
Com o que não se encaixa.
Com o que está infeliz consigo.
Olho, sinto pena.
Se posso e quer, ajudo.
Fora isso, passo longe.
A infelicidade, a insatisfação contaminam tudo ao redor.
E quem se deixou contaminar, está na mesma sintonia.
É uma pena que o mundo ainda tenha gente assim?
É bom.
A mim, pelo menos, ajuda a saber como não quero ser.
Se posso sorrir leve, porque rancor da vida?
Se posso dar bom dia feliz, porque entrar com pés pesados, arrastados?
Se posso ser luz, porque carregar o breu nas mãos, nos olhos, no coração?
Eu escolhi a paz. A sonoridade do amor.
Que pode ser ouvido bem longe.
Mesmo que eu não diga nada.
O amor todo mundo sabe!
O resto se espalha sorrateiro, feito lama, lodo...
Com o tempo, silenciosamente, tudo ao redor se tornou feio e fétido.
Eu sei. Ninguém me persegue, ninguém ri de mim, ninguém me deseja mal.
E sempre tem alguém que me pede um sorriso.
O mundo sorri pra mim, porque dou gargalhadas com ele.
Ainda sou uma menina que quer brincar de roda, dançar e beber água da chuva, escolher o melhor doce da banca, comprar muitos iguais pra dividir com os coleguinhas...
Viver é isso!
Dividir doçuras com o mundo!